sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A importância de diagnosticar antes de tratar o canal.



Para que possamos executar um tratamento endodôntico com um alto nível de qualidade e com previsibilidade de sucesso clínico e radiográfico, é necessário DIAGNOSTICAR com exatidão o problema. O diagnóstico é a base que sustentará todas as outras etapas do tratamento endodôntico e só conseguiremos um bom resultado se diagnosticarmos corretamente antes da realização de qualquer procedimento clínico. Em muitas situações, diagnosticar corretamente  exige tempo, paciência, experiência profissional e repetição de muitos testes e exames clínicos.
Este caso que resolvi apresentar a vocês demonstra nitidamente uma falha no diagnóstico que comprometeu o resultado num curto espaço de tempo. Tenho observado que os incisivos são o grupo de dentes mais subestimados pelos profissionais, tidos como os mais simples e fáceis de serem tratados e que qualquer clínico pode executar tratamento de canal nestes dentes; ironicamente os incisivos são também o grupo de dentes que mais são submetidos a reintervenções endodônticas (retratamentos) em meu consultório, decorrentes de tratamentos mal conduzidos por outros profissionais. Na Endodontia não existe caso fácil e nem caso simples!
Esta paciente foi encaminhada por outro profissional, que já havia tratado e retratado o dente 11 por duas vezes e não conseguia obter sucesso na regressão da fístula presente na mucosa vestibular. Vinha sendo tratada com antibióticos e antinflamatórios numa tentativa desesperadora de resolver o problema apenas com uso de medicação sistêmica.
No exame radiográfico inicial foi possível observar a presença de rarefação óssea apical que envolvia também o dente 12. O dente 11 apresentava-se com um tratamento endodôntico satisfatório no aspecto visual radiográfico. Ao teste de sensibilidade ao frio, foi possível constatar que a polpa do dente 12 estava necrosada, confirmado também pelo teste elétrico. Apesar de, no momento do exame clínico, não ter sido verificado visualmente a fístula ou qualquer sinal clínico da sua possível existência, o histórico da paciente e do profissional deixava bem claro a sua existência, com alguns períodos de remissão espontânea. Havia presença de desconforto à palpação apical, bem como à percussão vertical nos dois dentes.
Como o dente 12 foi diagnosticado com necrose pulpar, pude concluir que este dente também necessitaria de tratamento endodôntico e que a fístula persistente e a lesão apical poderiam estar diretamente relacionados a este fato.
Apesar da imagem radiográfica mostrar uma boa obturação endodôntica do dente 11, não poderia confiar apenas na imagem radiográfica, pois já que o profissional que havia realizado este caso anteriormente falhou na realização do diagnóstico (será que o dente 11 realmente necessitava de uma intervenção endodôntica?), eu não poderia confiar na qualidade dos procedimentos de limpeza e desinfecção daquele canal. Um outro fator decisivo para optar pela realização de uma nova reintervenção endodôntica no dente 11, é que eu tinha certeza que poderia fazer melhor, ou seja, que havia condições de melhorar o aspecto visual final da obturação do canal.
O “re-retratamento endodôntico” foi realizado no dente 11 concomitantemente ao tratamento endodôntico no dente 12, programando-se uma longa sessão de atendimento clínico para concluir o tratamento endodôntico do dente 12 em uma única sessão e desobturar o canal do dente 11. Numa segunda sessão o tratamento endodôntico do dente 11 foi finalizado, sem que tenha sido utilizado qualquer tipo de medicação intracanal.
Nas imagens radiográficas, é possível observar os períodos de proservação e a regressão da área de rarefação óssea circunscrita aos ápices dos dentes 11 e 12, demonstrando que o resultado, até o momento, aponta para o sucesso radiográfico e clínico, já que paciente mantém-se assintomática e sem histórico de ressurgimento da fístula.
Este caso demonstra muito bem a importância de realizarmos um exato diagnóstico inicial antes de procedermos qualquer intervenção no paciente, por mais simples que ele possa parecer. É melhor termos um paciente apenas chateado conosco por não termos conseguido diagnosticar e encaminhá-lo a outro profissional, do que corrermos o risco de termos um paciente enfurecido por ter sido vítima de um erro de diagnóstico por tão longo tempo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Curvatura apical em 3° molar inferior


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sábado, 29 de setembro de 2012

Ultracal XS: uma excelente opção de medicação intracanal a base de hidróxido de cálcio.


Recentemente lançado no mercado brasileiro, o Ultracal XS é uma pasta de hidróxido de cálcio em solução aquosa para ser utilizada como medicação intracanal.
Não gosto de fazer propaganda de nenhuma marca e/ou produto comercial, mas achei maravilhoso este material fabricado pela Ultradent.
A facilidade apresentada em inserir a pasta de hidróxido de cálcio dentro dos canais radiculares é impressionante, sem contar a radiopacidade que o material apresenta, facilitando deste modo a sua visualização radiográfica dentro dos canais.
Separei dois casos clínicos em que utilizei o Ultracal XS: o primeiro caso ilustra um terceiro molar inferior, com anatomia curva dos canais e que foi facilmente preenchido com esta pasta de hidróxido de cálcio; o segundo caso clínico é um molar superior, com uma raiz palatina extremamente longa e foi possível levar a pasta de hidróxido de cálcio até o limite foraminal (observa-se um pequeno extravasamento do material além do limite apical), graças as pontas finas das agulhas aplicadoras Navitip que acompanham o produto.
 
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quinta-feira, 14 de junho de 2012

domingo, 6 de maio de 2012

Novo livro: Endodontia, uma visão contemporânea"

Esta grande obra científica da Endodontia brasileira será lançada durante a 2a Reunião do Fórum Brasileiro de Endodontia - FBE, que acontecerá no período de 24-26 de maio, na sede da APCD, São Paulo-SP.
Organizado pelos Profs. Drs. Eduardo Fregnani e Ruy Hizatugu, o livro tem a colaboração de vários profissionais que participam do Fórum Brasileiro de Endodontia - FBE.



sexta-feira, 30 de março de 2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

2a Reunião do Fórum Brasileiro de Endodontia - FBE

Estão abertas as inscrições para a 2a Reunião do Fórum Brasileiro de Endodontia - FBE, que acontecerá entre os dias 24 a 26 de maio de 2012, na sede da APCD-Central, em São Paulo-SP.
Para conhecer um pouco mais sobre o FBE e participar deste grupo http://www.forumdeendodontia.com.br/